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Os animais

http://activa.sapo.pt/tv/tv_cronicas/2012/04/12/cronica-de-rodrigo-guedes-de-carvalho-contra-as-bestas-pelos-animais

Excelente crónica, no entanto, apesar de concordar com o Sr. Rodrigo, a minha opinião vai um pouco mais além.
“(…)Os animais não podem ser equiparados a objectos porque… porque… não são objectos.
(…)”

Em quase todos os discursos e opiniões vejo o ser humano a tentar equiparar os animais aos humanos, seja para a defesa dos animais ou para os atacar; o que o ser humano se esquece em todas as ocasiões, é que nós (seres humanos) somos animais, tal e qual como os cães, os gatos e todos os seres animais desde planeta. Sim, sejamos nós bons ou maus para os animais, temos a grave e cruel tendência para assumir que “Animal: Ser vivo irracional, por oposição ao homem.” (é uma das definições do diccionário), no entanto se olharmos bem para o mesmo diccionário, a primeira definição é para mim a mais correcta: “Ser vivo multicelular, com capacidade de locomoção e de resposta a estímulos, que se nutre de outros seres vivos.” (Humanos incluidos nesta definição).

Posto isto, eu, como animal que sou, trato todos os outros animais deste planeta com o mesmo respeito que tenho por mim próprio. Respeito as suas diferenças, aceito-as e lido com elas. Recuso-me a invadir o espaço de outro animal da mesma forma que recuso que outro animal invada o meu espaço. Acredito que o “bem” e o “mal” não existem fora do ser humano. O ser humano é o único ser deste planeta que mata sem ser para comer ou protejer o seu território e a sua família. Quando um animal dito “selvagem” ataca um animal humano não o faz por “dá cá aquela palha”, fá-lo sim porque se sente ameaçado, porque está a protejer as suas crias, porque tem fome e necessita de comer, porque o animal humano está a invadir o seu espaço pessoal.

É desta forma que escolhi viver a minha vida deste muito cedo e tavlez isto tenha feito com que eu nunca tivesse sido atacado por um cão de rua (não foi por falta de medo) já cruzei caminhos com cães que metiam medo, no entanto eu reconheci o espaço deles e deixei-os em paz, da mesma maneira que eles me deixaram em paz, cada um no seu próprio território, sem invaões ou intrusões.